Cancún, novo fôlego para negociações do clima |
Autor(es): Agencia o Globo/Renato Grandelle |
O Globo - 13/12/2010 |
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Desacreditada desde o início, a Conferência do Clima de Cancún trouxe avanços surpreendentes, segundo a pesquisadora Suzana Kahn Ribeiro, do painel da ONU para Mudanças Climáticas. O Brasil destacou-se entre os negociadores internacionais ao estabelecer uma meta quantitativa para corte de suas emissões de gases-estufa. Para Suzana Kahn, integrante de painel da ONU, Brasil firmou compromissos que o tornam exemplo internacional |
segunda-feira, dezembro 13, 2010
Clima: avanço nas discussões em Cancún
Conferência do Clima debateu organização da Rio + 20
Evento, marcado para ocorrer no Rio de Janeiro em 2012, analisará os avanços e desafios desde a realização da Eco-92 na cidade.
Plano de Mudança do Clima
Por Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU
As Nações Unidas irão realizar em 2012, no Rio de Janeiro, uma conferência sobre Mudança Climática. O evento, batizado de Rio + 20, irá comemorar a os 20 anos da organização da Eco-92.
Além disso, a Rio + 20 também servirá para avaliar os progressos alcançados desde 1992 na proteção do meio ambiente, e os desafios que muitos países ainda enfrentam para combater o aquecimento global.
Comunidade Internacional
O especialista da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, Lucas Assumpção, esteve em Cancún para discutir o tema.
Nesta entrevista à Rádio ONU, ele diz que a comunidade internacional tem de ser mais pragmática em suas negociações sobre o clima.
"Existem ainda temas muito importantes que nós ainda não resolvemos desde a Rio 92. Eu vejo a Rio 2012 como uma oportunidade de repensar o que temos feitos nos últimos 20 anos, ou melhor, o que não temos feito e como poderíamos ser um pouco mais pragmáticos", disse.
Na sexta-feira, o Brasil oficializou um Plano de Mudança do Clima que prevê a redução de emissão de 730 milhões de toneladas equivalentes de CO2 na agropecuária até 2020.
Segundo as Nações Unidas, a agricultura é responsável por 14% das emissões de gases que causam o efeito estufa.
Fonte: www.unmultimedia.org , acessado em 13/12/2010.
sábado, dezembro 11, 2010
Cúpula de Cancún surpreende na reta final e toma decisões sobre clima
quinta-feira, dezembro 09, 2010
UNITED NATIONS WORLD YOUTH REPORT 2010
Youth and Climate Change
The 2010 World Youth Report focus on youth and climate change, and is intended to highlight the important role young people play in addressing climate change, and to offer suggestions on how young people might be more effectively integrated as individuals and collective agents of change within the realm of climate change adaptation and mitigation. The Report is designated to assist youth and youth organizations in educating themselves and to become more actively involved in combating the threat of climate change. It is also meant to affirm the status of young people as key stakeholders in the fight against climate change. The publication comes at a time when efforts to address climate change are receiving unparalleled attention on the international arena, offering youth a unique opportunity for their voice to be heard in the debate.
Click here to read the United Nations World Youth Report.
Fonte: United Nations
sexta-feira, dezembro 03, 2010
Velhas divisões obstruem 'acordo equilibrado' em Cancún
Velhas divisões obstruem ' acordo equilibrado' em Cancún
As velhas divisões entre países ricos e pobres ressurgiram na terça-feira nas discussões climáticas de Cancún, mas ambos os lados reiteraram seu objetivo de obter um "pacote equilibrado" na conferência.
Após um primeiro dia dominado por eventos cerimoniais, os quase 200 países participantes demonstraram pouca disposição para fazer concessões a respeito das exigências que resultaram no impasse da conferência anterior, em Copenhague.
Ao contrário do que ocorria em 2009, não há expectativa de aprovação de um novo tratado global de cumprimento obrigatório, e sim de medidas mais limitadas, como as relativas ao financiamento dos esforços climáticos.
Por isso os países prometem um "pacote equilibrado", mantra que mascara as profundas divisões entre os países ricos e pobres, que se cobram mutuamente mais empenho no combate às mudanças climáticas.
"Um pacote equilibrado significa muitas coisas diferentes para os países desenvolvidos e em desenvolvimento aqui", afirmou Tim Gore, da ONG Oxfam. Ele disse haver o risco de que alguns países "sequestrem" as negociações para tentarem impor suas posições.
Os países em desenvolvimento reiteraram em Cancún seu apelo para que as nações ricas destinem 1 por cento do seu PIB à ajuda climática - bem acima do prometido em Copenhague, que era uma quantia de 100 bilhões de dólares por ano a partir de 2020.
Já os EUA e a União Europeia insistem que o "equilíbrio" consiste em ações mais rígidas por parte de grandes países em desenvolvimento, como China e Índia, no controle das suas emissões de gases do efeito estufa nos próximos dez anos - e que esses países permitam uma maior supervisão sobre seus passos.
"Nem todas as exigências estão satisfeitas com os atuais documentos. Mas achamos que pode haver um acordo", disse o delegado belga Peter Wittoeck, chefe da delegação da União Europeia na conferência, que vai até 10 de dezembro.
A ONU espera aprovar no México a criação de um novo "fundo verde" para ajudar os países em desenvolvimento a se adaptarem às mudanças climáticas e a protegerem suas florestas.
Outra meta é formalizar o compromisso, assumido em Copenhague, de limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
Mas o objetivo maior do processo é aprovar um tratado que suceda o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012, e que exige medidas dos países desenvolvidos para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa. Os EUA não participam desse acordo.
Em nota, países em desenvolvimento do chamado Grupo dos 77 disseram que um acordo equilibrado deveria incluir a prorrogação do Protocolo de Kyoto. Mas defensores do tratado alegam que isso só deveria acontecer se os EUA e as grandes economias emergentes também tiverem metas a cumprir.
Fonte: O Estadão, reportagem adicional de Yoko Kubota e Chisa Fujioka em Tóquio, de 02/12/2010.
quarta-feira, novembro 24, 2010
Ambientalistas preveem rápida adoção de protocolo antibiopirataria
Itamaraty prevê que ratificação por ao menos 50 países leve dois anos para acontecer
Especialistas em ambiente dizem estar otimistas em relação à entrada em vigor, em curto espaço de tempo, do Protocolo sobre o Acesso e Repartição dos Benefícios (ABS, na sigla em inglês), aprovado no fim de outubro, durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Biodiversidade (COP-10), no Japão.
Defendido pela delegação brasileira com o apoio de outros países de rica biodiversidade, o protocolo é uma forma de coibir a biopirataria, estabelecendo que as empresas farmacêuticas e de cosméticas que obtiverem lucros financeiros com a venda de produtos derivados de recursos animais, plantas ou micro-organismos passem a compartilhar parte dos ganhos com as comunidades e países de origem da matéria-prima.
Para entrar em vigor, o protocolo ainda terá que ser ratificado por ao menos 50 dos 193 países que participaram da COP-10. Segundo o embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, chefe da Divisão de Meio Ambiente do Itamaraty, isso deve levar ao menos dois anos.
"Para o governo brasileiro, a adoção do protocolo foi o ponto alto da Conferência de Nagoya. Por isso, esperamos que o Congresso Nacional o aprove e que a presidente da República o sancione o quanto antes", disse Carvalho Neto ao participar,
Para Paulo Nogueira Neto, professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) e ex-secretário nacional de Meio Ambiente, a obtenção das assinaturas não passa de uma simples formalidade. "Acho que será uma mera formalidade conseguirmos a aprovação de 50 países, já que as opiniões foram unânimes, o que demonstra que o assunto não é mais tão controvertido".
Em seu conjunto, o Protocolo de Nagoya só deve entrar em vigor em 2020, mas durante a conferência o Brasil pediu a antecipação para 2015, proposta que, na ocasião, o ministro japonês do Meio Ambiente, Ryu Matsumoto, prometeu levar em consideração.
Fonte: Agência Brasil, 24/11/2010.
terça-feira, novembro 23, 2010
Reforma do Código Florestal reduzirá estoques potenciais de 7 bi de toneladas de carbono
As mudanças no Código Florestal provocariam acréscimo nas emissões brasileiras
Brasília, 23 de novembro de 2010 - Dados preliminares de estudo do Observatório do Clima estimam que, se forem aprovadas as alterações no Código Florestal conforme o substitutivo proposto pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), há um risco potencial de quase 7 bilhões de toneladas de carbono acumuladas em diversos tipos de vegetação nativa a serem lançadas na atmosfera. Isto representaria 25,5 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa, mais de 13 vezes as emissões do Brasil no ano de 2007.
Um dos dispositivos propostos no Projeto de Lei 1876/99 que altera o Código Florestal trata da isenção de manter e recuperar a reserva legal em pequenas propriedades rurais (até quatro módulos fiscais). A isenção também se aplica ao equivalente a quatro módulos em grandes e médias propriedades. Tal medida é a que tem maior impacto potencial nas emissões de gases do efeito estufa e deixaria uma área total de 69,2 milhões hectares sem proteção da reserva legal, área maior que o estado de Minas Gerais.
Segundo o levantamento do Observatório do Clima, o estoque potencial estimado de carbono nestas áreas é de 6,8 bilhões de toneladas, correspondendo a um volume de gases do efeito estufa de 25 bilhões de toneladas de CO2eq (gás carbônico equivalente).
Uma segunda modificação importante prevê a redução de
De acordo com André Ferretti, coordenador do Observatório do Clima, o estudo contempla apenas uma das diversas facetas das propostas de modificação do Código Florestal. “Com a aprovação do texto, a meta do Brasil de reduzir as emissões nacionais de gases causadores do aquecimento global viraria pó, além dos inúmeros impactos causados à biodiversidade”, avalia.
Segundo Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente de conservação do WWF-Brasil, é fundamental que as discussões sobre o Código florestal sejam reiniciadas com novas bases. “O processo atual está repleto de vícios de origem, ignorou a ciência e a sociedade civil organizada. O atual substitutivo não está em condições de ser colocado em votação, nem este ano e nem em momento algum”, analisa.
As modificações podem comprometer gravemente a meta brasileira de redução de emissões estipulada na Política Nacional de Mudanças Climáticas. O Brasil assumiu ano passado, em Copenhague, o compromisso de cortar aproximadamente 1 bilhão de toneladas de suas emissões de gases no ano de 2020.
Metodologia: O estudo foi elaborado conforme as metodologias do Good Practice Guidance for Land Use, Land-Use Change and Forestry, do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima – IPCC (IPCC, 2003) e também de acordo com o Segundo Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, divulgado em outubro pelo ministério da Ciência e Tecnologia.
O território nacional foi subdividido em unidades espaciais na forma de polígonos que resultaram da integração das seguintes fontes de dados sobre Bioma (IBGE, 2004), Limites municipais (Malha Municipal Digital 2005 do IBGE), Fisionomia vegetal (IBGE, 2004) e Tipo de solo (EMBRAPA/IBGE, 2003). Conheça o Observatório do Clima: www.oc.org.br
Fonte: WWF-Brasil.
segunda-feira, novembro 15, 2010
Há recursos para financiar atividades de baixa emissão de carbono, Estado de SP.
Há recursos para financiar atividades de baixa emissão de carbono
Segundo estudo do Centro de Sustentabilidade da FGV, só o BNDES aprovou, em 2009, R$ 480,86 milhões em produtos de baixo carbono
Há recursos nas instituições financeiras estatais para investimento em linhas de fomento de atividades com baixa emissão de carbono. Esta é a principal conclusão do estudo Financiamentos Públicos e Mudança do Clima, lançado esta semana pelo Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVCes). O estudo analisou as principais linhas de crédito "verdes" de instituições como Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Caixa Econômica Federal (CEF), Banco do Brasil (BB), Banco da Amazônia (Basa), Banco do Nerdeste e dos Fundos Constitucionais (Fundo Constitucional do Norte -FNO; Fundo Constitucional do Nordeste - FNE; e Fundo Constitucional do Centro-Oeste - FCO).
"Dinheiro há. E existe uma série de produtos com viés sustentável em cada instituição. Mas há entraves. Por exemplo: esses produtos são pouco acessados pelos supostos interessados, porque há muita burocracia envolvida em sua obtenção. Eles não atraem os clientes e, muitas vezes, os funcionários das instituições que os vendem não estão preparados para vender esses produtos", explica uma das pesquisadoras do GVCes, a engenheira Paula Peirão.
Boa parte das linhas de financiamento das instituições federais está relacionada ao Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas (PNMC): só no BNDES o estudo identificou 14 produtos, entre linhas, fundos e programas. O Banco oferece condições de crédito comparativamente mais vantajosas para as fontes energéticas renováveis em relação a projetos de alto potencial de emissões, como termoelétricas a carvão. E criou um departamento de bicombustíveis no mesmo nível hierárquico dos departamentos de hidrelétrica e indústria automotiva. Até julho de 2010, o banco aprovou R$ 5,6 bilhões em recursos para projetos nesses segmentos, em comparação com os R$ 13,98 bilhões aprovados em 2009.
De acordo com o relatório do GVCes, no total geral, o BNDES aprovou em 2009, R$ 480,86 milhões em produtos de baixo carbono, valor ainda restrito quando comparado aos R$ 170,2 bilhões de recursos aprovados na instituição no mesmo ano.
"Hoje nós somos os vetores da melhoria das emissões no setor agropecuário. E o estudo da GV deixou de fora alguns produtos importantes: O BNDES Compensação Florestal, que imaginamos que vá ser bastante utilizado com a decisão final sobre o Código Florestal, o Iniciativa BNDES Mata Atlântica, que já tem 2 projetos aprovados e mais 23 em análise, somando no total R$ 70 milhões em financiamentos, além de programas voltados para apoiar órgãos estaduais dos estados e municípios", esclarece Márcio Macedo Costa, diretor do Departamento de Meio Ambiente do Banco.
Contradição
Segundo ele, o banco aprovou R$ 6 bilhões em energias renováveis nos últimos quatro anos, excluindo as grandes hidrelétricas que ajudou ou ajudará a financiar - as quais, paradoxalmente, às vezes têm potencial de gerar sérios problemas sócio-ambientais, como é o caso de Belo Monte. O BNDES deve coordenar as articulações para financiamento da hidrelétrica de Belo Monte, considerada ambiental e socialmente polêmica.
"O BNDES foi a primeira instituição para onde mandamos uma notificação alertando sobre os riscos de financiamento de Belo Monte. Estamos agora enviando para todas as instituições bancárias e financeiras que possam, algum dia, ter interesse no projeto", afirma Roland Widmer, coordenador da campanha eco-finanças da ONG Amigos da Terra. A participação do BNDES poderá representar até 80% do valor total do investimento de Belo Monte.
"Isso é outra coisa complicada em todas as instituições pesquisadas: a coexistência dos produtos comuns da carteira com os produtos que possibilitam baixas emissões. Por isso, nas considerações finais do estudo, sugerimos a reavaliação de todo o portfólio das instituições, até porque, há produtos considerados tradicionais que têm imenso potencial de colaborar para a redução de emissões", salienta Paula Peirão.
Outro problema apontado pelo GVCes é a falta de monitoramento para que a instituição se certifique de que o dinheiro está mesmo financiando atividades de baixa emissão de carbono.
"Mas esse monitoramento pode ser feito em grupo entre as diversas instituições financieras. É só trabalhar em conjunto para criar um inventário para esse fim: monitorar as emissões financiadas. Nenhuma instituição faz isso atualmente. E, portanto, nenhuma delas pode se impor metas de redução, pois não sabem o quanto de emissões estão financiando", explica Paula.
"As empresas brasileiras ainda estão engatinhando na confecção de relatórios de emissões. Nós, no BNDES, estamos começando a conhecer melhor o perfil sócio-ambiental de nossos clientes. Isso não se faz de uma hora para outra", afirma Márcio Macedo Costa.
Outra instituição que se destaca no relatório da GVCes é o Banco do Brasil, atualmente o maior financiador do agronegócio brasileiro. O BB registrou R$ 14 milhões em operações contratadas estáveis na linha BB Produção Orgânica no ano passado, e a linha BB Florestal cresceu 42% em 2009, atingindo R$ 598 milhões em créditos contratados.
"O BB também é o maior repassador de recursos do BNDES relativos a um programa emergencial voltado para a adaptação a mudanças climáticas, que vem sendo muito usado no Nordeste. Há uma lacuna imensa nessa seara, sobretudo para zonas costeiras, para garantir segurança hídrica no campo e para a agropecuária", diz Paula Peirão.
O BB foi primeiro banco de economia mista a se tornar signatário dos Princípios do Equador (critérios mínimos para a concessão de crédito, que asseguram que os projetos financiados sejam desenvolvidos de forma socialmente e ambientalmente responsável). Mas outras instituições, como o próprio BNDES, o BASA e os Fundos Constitucionais não assinaram. E a maioria dos grandes fundos de pensão também não.
"Não assinamos porque o BNDES é um banco de desenvolvimento e, como tal, tem obrigação de levar em conta balizas ambientais, independentemente de assinar este ou aquele documento. O que tentamos fazer hoje são políticas setoriais usando nossos próprios princípios", sustenta Márcio Macedo Costa.
"Há necessidade de ajuste a adaptação, mas as linhas de crédito existem. O BB tem uma, por exemplo, para financiamento de carros flex a juros menores do que os de mercado. A CEF tem um programa para financiamento de aquecedor solar para pessoas físicas. Agora, há falta de conhecimento também: ninguém sabe que essas linhas existem", afirma Cristina Montenegro, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que apoiou o estudo do GVCes.
"A cada dia, a sociedade pede mais transparência na atuação dos bancos e instituições financeiras. No ano passado, fizemos uma pesquisa sobre a reputação dessas instituições e ficou claro que a maioria dos clientes não se deixa levar mais por iniciativas pautadas pelo greenwashing. Por isso, acho que essa discrepância na carteira de produtos dos bancos - o fato de terem produtos
Fonte: Jornal Estado de SP, reportagem de Karina Ninni, em 11 de novembro de 2010.
sexta-feira, novembro 05, 2010
Resgate de Selvas Sem Salvaguardas Sociais
Sob o REDD, acordado nas reuniões sobre mudança climática realizadas em 2007 na Ilha de Bali, na Indonésia, foram criadas várias iniciativas para distribuir os fundos que seriam entregues pelos doadores aos beneficiários. Entre eles o Programa REDD-ONU e dois do Banco Mundial: Fundo Cooperativo para o Carbono das Florestas (FCPF) e Programa de Investimento Florestal (FIP).
segunda-feira, novembro 01, 2010
quarta-feira, outubro 27, 2010
Dia 28/10 - 7ª Reunião do Núcleo de Direito Internacional Ambiental/UFPR
A COP 10 e os desafios para a sustentabilidade da vida na Terra
quinta-feira, outubro 21, 2010
Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (COP10)
terça-feira, outubro 05, 2010
Deforestation imperils biodiversity, but some trends encouraging – UN
segunda-feira, outubro 04, 2010
domingo, outubro 03, 2010
Risco de desastres naturais continua alto na América Latina e Caribe, segundo o BID
A América Latina e o Caribe enfrentam a perspectiva de custos econômicos e sociais potencialmente debilitantes decorrentes de desastres naturais e precisam fazer mais para reduzir os riscos e preparar as finanças públicas para responder a eventuais catástrofes, de acordo com um novo conjunto de indicadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A nova edição de Indicators of Disaster Risk and Risk Management detalha as perdas econômicas potenciais que um grupo de 17 países da região poderia sofrer na eventualidade de um desastre natural e avalia a efetividade de seus governos para administrar esses riscos. Os indicadores mostram que os sistemas e políticas da região para lidar com riscos de desastres ainda são insatisfatórios.
Os resultados mais recentes dos indicadores de risco serão apresentados durante a Nona Reunião Consultiva do Global Facility for Disaster Reduction and Recovery, que será realizada na sede do BID em 4?7 de outubro.
O sistema de indicadores, desenvolvido em 2005 com apoio financeiro do Fundo Fiduciário Multidoadores de Prevenção de Desastres do BID e o Fundo Especial do Japão, permite que os países avaliem melhor seus riscos e serve como uma orientação útil para a formulação de políticas e para ações governamentais voltadas a reduzir as perdas humanas, de infraestrutura, financeiras e econômicas causadas por terremotos, inundações e outros eventos naturais. O BID está trabalhando atualmente com 15 países da América Latina e Caribe em projetos relacionados a gestão de riscos de desastres.
As perdas humanas e econômicas decorrentes de desastres naturais aumentaram no ultimo século nessa região como consequência do crescimento populacional, urbanização desordenada, exploração excessiva dos recursos naturais e, provavelmente, os efeitos da mudança climática.
Terremotos, inundações e tempestades causaram US$ 34 bilhões em perdas econômicas em 2000?2009, comparado a perdas de US$ 729 milhões na década de 1940.
Por exemplo, os indicadores mostram que, se o Peru fosse atingido hoje por um terremoto similar ao que atingiu o Chile mais no início deste ano, poderia sofrer perdas econômicas de até US$ 15,8 bilhões. Um evento semelhante poderia causar perdas de até US$ 5,2 bilhões no México, US$ 3,8 bilhões na Colômbia e US$ 3,5 bilhões no Equador.
A região enfrenta níveis significativos de risco que, aparentemente, não foram plenamente dimensionados pelos formuladores de políticas e pela sociedade em geral. A América Latina e o Caribe apresentaram níveis insatisfatórios de gestão de riscos?, disse Hector Malarin, chefe da Divisão de Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente e Gestão de Riscos de Desastres do BID. Para melhorar sua gestão de riscos, os países precisam atualizar suas políticas, melhorar a integração entre as agências nos níveis central e subnacionais de governo e investir em reduzir, conter e transferir esses riscos.
Os indicadores
O sistema de indicadores é constituído de quatro índices principais. O Índice de Déficit por Desastres (IDD) compara as perdas econômicas potenciais que um país pode sofrer e a capacidade financeira do governo para lidar com esses custos. Honduras, Barbados e Nicarágua são os países com o mais alto déficit potencial, enquanto Trinidad e Tobago, Chile e Argentina apresentam os níveis mais baixos.
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O Índice de Desastres Locais (IDL) avalia os riscos sociais e ambientais derivados de desastres recorrentes de pequena escala, analisando o número de mortes, o número de pessoas afetadas e os danos a casas e plantações. Diferentemente do IDD, este índice leva em conta eventos que com frequência envolvem poucas vítimas e ocorrem em áreas afastadas, raramente atraindo a atenção dos meios de comunicação. No entanto, as perdas acumuladas causadas por esses desastres recorrentes podem prejudicar o desenvolvimento tanto no âmbito local como nacional. O IDL pode ajudar a orientar decisões sobre uso da terra, redes de segurança social e gestão de riscos no plano local.
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Pelo IDL, Panamá, Costa Rica e El Salvador são os países com a mais alta incidência e que sofrem mais frequentemente os efeitos de desastres de pequena escala. Argentina, Colômbia e Bolívia são os que apresentam alta concentração de pequenos desastres que afetam apenas poucas áreas localizadas.
O Índice de Vulnerabilidade Prevalente (IVP) mede as condições de vulnerabilidade predominantes de um país avaliando a exposição da atividade humana e econômica em áreas sujeitas a desastres, bem como a capacidade de absorver os impactos de desastres. Os três indicadores que formam este índice composto consideram fatores como crescimento demográfico, densidade populacional, níveis de pobreza e desemprego, degradação do solo causada por ação humana, proporção dos gêneros, gastos sociais e seguros de infraestrutura e moradia.
Pelo IVP, Nicarágua, Honduras e Jamaica apresentaram os níveis mais altos de vulnerabilidade, enquanto México, Argentina e Chile tiveram os níveis mais baixos.
http://www.iadb.org/news/images/editor/L_Prevalent_V_I_pt.jpg
O Índice de Gestão de Riscos(IGR) combina várias medidas para avaliar a capacidade de um país identificar e reduzir os riscos, responder a catástrofes e recuperar-se delas e oferecer proteção financeira e transferência de risco. Todos os países analisados pelo índice apresentam níveis insatisfatórios de gestão de riscos de desastres.
http://www.iadb.org/news/images/editor/L_Risk_Management_pt.jpg
Autor: Sergio Lacambra, especialista sênior em desastres naturais e gestão de risco do BID