Cancún, novo fôlego para negociações do clima |
Autor(es): Agencia o Globo/Renato Grandelle |
O Globo - 13/12/2010 |
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Desacreditada desde o início, a Conferência do Clima de Cancún trouxe avanços surpreendentes, segundo a pesquisadora Suzana Kahn Ribeiro, do painel da ONU para Mudanças Climáticas. O Brasil destacou-se entre os negociadores internacionais ao estabelecer uma meta quantitativa para corte de suas emissões de gases-estufa. Para Suzana Kahn, integrante de painel da ONU, Brasil firmou compromissos que o tornam exemplo internacional |
segunda-feira, dezembro 13, 2010
Clima: avanço nas discussões em Cancún
Conferência do Clima debateu organização da Rio + 20
Evento, marcado para ocorrer no Rio de Janeiro em 2012, analisará os avanços e desafios desde a realização da Eco-92 na cidade.
Plano de Mudança do Clima
Por Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU
As Nações Unidas irão realizar em 2012, no Rio de Janeiro, uma conferência sobre Mudança Climática. O evento, batizado de Rio + 20, irá comemorar a os 20 anos da organização da Eco-92.
Além disso, a Rio + 20 também servirá para avaliar os progressos alcançados desde 1992 na proteção do meio ambiente, e os desafios que muitos países ainda enfrentam para combater o aquecimento global.
Comunidade Internacional
O especialista da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, Lucas Assumpção, esteve em Cancún para discutir o tema.
Nesta entrevista à Rádio ONU, ele diz que a comunidade internacional tem de ser mais pragmática em suas negociações sobre o clima.
"Existem ainda temas muito importantes que nós ainda não resolvemos desde a Rio 92. Eu vejo a Rio 2012 como uma oportunidade de repensar o que temos feitos nos últimos 20 anos, ou melhor, o que não temos feito e como poderíamos ser um pouco mais pragmáticos", disse.
Na sexta-feira, o Brasil oficializou um Plano de Mudança do Clima que prevê a redução de emissão de 730 milhões de toneladas equivalentes de CO2 na agropecuária até 2020.
Segundo as Nações Unidas, a agricultura é responsável por 14% das emissões de gases que causam o efeito estufa.
Fonte: www.unmultimedia.org , acessado em 13/12/2010.
sábado, dezembro 11, 2010
Cúpula de Cancún surpreende na reta final e toma decisões sobre clima
quinta-feira, dezembro 09, 2010
UNITED NATIONS WORLD YOUTH REPORT 2010
Youth and Climate Change
The 2010 World Youth Report focus on youth and climate change, and is intended to highlight the important role young people play in addressing climate change, and to offer suggestions on how young people might be more effectively integrated as individuals and collective agents of change within the realm of climate change adaptation and mitigation. The Report is designated to assist youth and youth organizations in educating themselves and to become more actively involved in combating the threat of climate change. It is also meant to affirm the status of young people as key stakeholders in the fight against climate change. The publication comes at a time when efforts to address climate change are receiving unparalleled attention on the international arena, offering youth a unique opportunity for their voice to be heard in the debate.
Click here to read the United Nations World Youth Report.
Fonte: United Nations
sexta-feira, dezembro 03, 2010
Velhas divisões obstruem 'acordo equilibrado' em Cancún
Velhas divisões obstruem ' acordo equilibrado' em Cancún
As velhas divisões entre países ricos e pobres ressurgiram na terça-feira nas discussões climáticas de Cancún, mas ambos os lados reiteraram seu objetivo de obter um "pacote equilibrado" na conferência.
Após um primeiro dia dominado por eventos cerimoniais, os quase 200 países participantes demonstraram pouca disposição para fazer concessões a respeito das exigências que resultaram no impasse da conferência anterior, em Copenhague.
Ao contrário do que ocorria em 2009, não há expectativa de aprovação de um novo tratado global de cumprimento obrigatório, e sim de medidas mais limitadas, como as relativas ao financiamento dos esforços climáticos.
Por isso os países prometem um "pacote equilibrado", mantra que mascara as profundas divisões entre os países ricos e pobres, que se cobram mutuamente mais empenho no combate às mudanças climáticas.
"Um pacote equilibrado significa muitas coisas diferentes para os países desenvolvidos e em desenvolvimento aqui", afirmou Tim Gore, da ONG Oxfam. Ele disse haver o risco de que alguns países "sequestrem" as negociações para tentarem impor suas posições.
Os países em desenvolvimento reiteraram em Cancún seu apelo para que as nações ricas destinem 1 por cento do seu PIB à ajuda climática - bem acima do prometido em Copenhague, que era uma quantia de 100 bilhões de dólares por ano a partir de 2020.
Já os EUA e a União Europeia insistem que o "equilíbrio" consiste em ações mais rígidas por parte de grandes países em desenvolvimento, como China e Índia, no controle das suas emissões de gases do efeito estufa nos próximos dez anos - e que esses países permitam uma maior supervisão sobre seus passos.
"Nem todas as exigências estão satisfeitas com os atuais documentos. Mas achamos que pode haver um acordo", disse o delegado belga Peter Wittoeck, chefe da delegação da União Europeia na conferência, que vai até 10 de dezembro.
A ONU espera aprovar no México a criação de um novo "fundo verde" para ajudar os países em desenvolvimento a se adaptarem às mudanças climáticas e a protegerem suas florestas.
Outra meta é formalizar o compromisso, assumido em Copenhague, de limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
Mas o objetivo maior do processo é aprovar um tratado que suceda o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012, e que exige medidas dos países desenvolvidos para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa. Os EUA não participam desse acordo.
Em nota, países em desenvolvimento do chamado Grupo dos 77 disseram que um acordo equilibrado deveria incluir a prorrogação do Protocolo de Kyoto. Mas defensores do tratado alegam que isso só deveria acontecer se os EUA e as grandes economias emergentes também tiverem metas a cumprir.
Fonte: O Estadão, reportagem adicional de Yoko Kubota e Chisa Fujioka em Tóquio, de 02/12/2010.