| Brasil e Estados   Unidos assinaram um acordo na área de meio   ambiente para a conversão da dívida brasileira com a Agência   Internacional de Cooperação dos Estados Unidos (Usaid) em investimentos na preservação e   conservação de florestas tropicais.
 Serão destinados US$ 21 milhões para projetos nas áreas de conservação,   manejo e monitoramento. O acordo só foi possível porque os Estados Unidos   aprovaram em 1998 uma lei que permite a troca de dívida por investimentos nos   biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.
 
 A ministra conselheira da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Lisa   Kubiske, disse que o acordo é o primeiro firmado com o Brasil para conversão   de dívida em investimentos.
 
 Queremos mostrar um tipo de cooperação bilateral que é   bastante concreta porque teremos projetos a serem desenvolvidos explicou.
 
 Lisa disse ainda que os Estados Unidos têm   acordos semelhantes com outros 15 países, que totalizam US$ 239 milhões. A   dívida brasileira com a Usaid   deveria ser paga até 2015 e foi contraída antes da década de 1960.
 
 Em comunicado, o Tesouro americano destacou que o Brasil é um dos países de   maior biodiversidade do mundo. Apenas a Mata Atlântica abriga mais de 250 espécies de mamíferos, 750 de   répteis e anfíbios, e cerca de mil espécies de pássaros.
 
 Recursos em outubro A ministra do Meio Ambiente,   Isabela Teixeira, disse que o primeiro edital para projetos relativos ao   acordo deve sair até outubro.
 
 A expectativa é investir em biodiversidade, conservação, áreas protegidas,   manejo, populações tradicionais por meio   de projetos de desenvolvimento local, em monitoramento e vigilância informou.
 
 Após participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom   Dia, Ministro, Izabella destacou, entretanto, que a lei norte-americana,   chamada Tropical   Forest Conservation Act, prevê apenas a proteção de florestas tropicais   (como é o caso da Mata Atlântica) e que outros biomas terão que ser   negociados por meio de um comitê,   ainda a ser criado.
 
 A destinação dos recursos é definida por nós, tem a participação da sociedade   civil brasileira e dos órgãos   federais e vamos discutir quais são os investimentos e os projetos   prioritários explicou.
 
 Segundo a ministra, a divulgação dos dados do monitoramento da Mata   Atlântica, prevista para o final deste mês, vai contribuir para o processo.
 
 Saberemos o que devemos priorizar e estimular, para não só preservar, mas   reparar completou.
 Fonte: Jornal do Brasil - 13/08/2010.    |